Existem algumas características que aumentam o risco e que devem fazer você se preocupar mais; ainda assim é indicado para qualquer pessoa a uma revisão de toda pele pelo menos uma vez na vida e depois periodicamente conforme as orientações do dermatologista. Veja agora as características que aumentam o risco:

– Histórico de câncer de pele na família.

– Já ter tido queimaduras solares ao longo da vida (exemplo: quando você pela sol pela primeira vez no verão e a pele fica bem vermelha e depois de alguns dias descasca).

– Já ter acumulado muito tempo de exposição solar durante os seus anos de vida (exemplo: 1) há 20 anos todo verão você vai para a praia e fica bronzeado 2) seu trabalho exige exposição diária ao sol – professores de educação física que dão aula ao ar livre, pescadores, agricultores, etc.).

– Ter muitas pintas no corpo.

– Ter a pele, olhos e cabelos claros.

O principal fator de risco é a exposição solar. Existe uma mutação no DNA das células da pele que se chama “assinatura UV”, pois só é causada pelos raios ultravioleta. Mutações são as grandes causadoras do câncer. Portanto, é necessário fazer uso adequado de filtro solar diariamente e evitar a exposição direta aos raios de sol, principalmente nos horários de maior índice ultravioleta (10h-16h).

Para reconhecer o câncer de pele desde muito cedo é necessário consultar um dermatologista habilitado a realizar o exame chamado dermatoscopia. Nele conseguimos ver as pintas maiores, pois funciona como uma lupa, aumentando em 10x a imagem e assim nos mostrando características específicas que levarão à suspeita de malignidade ou não.

Diante de uma suspeita de câncer o indicado é a realização de uma biópsia de pele. A biópsia é um procedimento simples, realizado na própria clínica em uma sala de procedimentos. É aplicada uma anestesia local (como aquela que os dentistas fazem, mas na pele) e em seguida é retirado a pinta por inteiro ou um pedaço caso ela seja muito grande. Esse material é enviado em formol para ser analisado por um médico patologista que dará o laudo dizendo se é câncer de pele mesmo ou não. Aqui é muito importante salientar: SEMPRE que for retirada alguma lesão do corpo é necessário enviar este material para análise. Em casos muito específicos, não é necessário, mas somente quando se tem certeza absoluta do diagnóstico apenas olhando a olho nu.

Neste caso, depende muito de qual o tipo de câncer. Em sua maioria, os carcinomas podem ser curados apenas por uma cirurgia de retirada do tumor com margens de segurança. Em caso de melanoma a definição do tratamento é feita pela medida da espessura do tumor, variando de casos em que é necessário apenas ampliar as margens da cirurgia inicial até casos mais avançados nos quais precisará de cirurgias maiores e quimioterapia.